sexta-feira, julho 15, 2005

friday night fever


A única coisa que muda num bar gay depois de dois anos é a qualidade das músicas - cada vez mais baixa - e as cinturas dos seus velhos conhecidos - cada vez mais fofas. De resto, as pessoas são sempre as mesmas, mesmo quando não são. Todo mundo é malcovitchianamente parecido, e eu espero o dia em que alguém com três-alguma-coisa brote numa pista de dança: três testas, três mandíbulas, três joelhos em cada perna. Só não aconselho três mamilos; se com dois a maioria já parece loira do multishow depois da meia-noite, com três o espetáculo seria degradante. E haveria o perigo de eles imitarem ainda com mais afinco vilãs de novela fazendo maldades ou a Heleninha Hoitmann bêbada: o número de zonas erógenas aumenta drasticamente a taxa de lascívia e afetação num corpo humano adulto.

(Estou sendo injusto? Well, eu posso. Pelo menos agora os gays não precisam esperar pelos outros para falar mal de si mesmos publicamente. Y compris nos seus próprios blogs, claro.)