café-crème
"Um tal Clair de Lune não fascina
Como o broche na tua lapela";
Poses, Absyntho, cocaína,
E eu: "Não vai dizer que eu sou mais bela?"
"Do que a lua? Ah, mas isso é claro!"
E maquinações de um pince-nez;
Sínteses buscando um verso raro
Para a fabricação de um clichê:
"Por isso é que fica a teu agrado
Mon coeur, ma chère, numa bandeja."
Ouve-se um garçon inesperado:
"E agora, madame, o que deseja?"
"Café-crème", eu digo, "café-crème,
E não mais le coeur deste senhor -
Órgãos à mesa ferem meu lema
De etiqueta - e a conta, por favor."
Ao que um pince-nez cai, e um tremor.
5 Comments:
Rapaz, excelente.
merci, mon chèr.
e agora, monsieur, o que deseja?
:-)
abraço
gosto!
Das ist ziemlich gut, Monsieur!
Lembre-me de eu ser sua mecenas quando o meu tio milionário bater as botas.
Küsses
ramiro, ;-)
brunilda, claro que lembrarei. posso inclusive acelerar o processo com esse teu tio. um dos meus personagens favoritos sempre foi o da enfermeira maquiávélica que leva leite com arsênico para o velhinho milionário.
küsses (??)
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