terça-feira, junho 07, 2005

ainda sob o impacto de



"The Band Wagon", ou "A Roda da fortuna" (1953).

Acabo de ver. Fred Astaire e Cyd Charisse. Agora, não consigo escrever sobre. Só corram para a locadora.

24 horas depois

Ingênuo pensar que dá pra escrever sobre um filme como "The Band Wagon". Este post, por exemplo, está nos drifts faz um dia, e nada de eu publicar. Em vez de crescer, como sempre acontece, diminui ("Mas não, isso vai ficar ruim"; "Nada disso; isto aqui não está à altura daquela parte"; etc). Porque no fim não há muito pra dizer sobre (o que é bom sinal, todo o mundo sabe), mas muito a ver. E haveria também muito a elogiar - se qualquer filme com o Fred Astaire e músicas do Arthur Schwarts já não fosse uma elogio a si mesmo.

Só uma coisa: Fred Astaire e Cyd Charisse "Dancing in the Dark" é o melhor poema que eu já li, o melhor quadro que eu já vi, a melhor música que eu já ouvi. Sério. Tenho um amigo que riu quando eu falei que o sentimento da beleza vem do nosso prazer ao ver o corpo humano (em forma; esqueça as velhinhas de biquini na praia). Ele achou grave e besta, e eu também achei grave e besta. Mas, vendo os dois dançar, acabo de ficar convencido.

30 horas depois

Mas vejam a edição de colecionador. O DVD 2 traz comentários da Liza Minnelli, filha do Vincente Minnelli (o diretor). Ela comenta boa parte do filme, até por ter estado presente no set durante as filmagens. O que é trash, mas engraçado; acredite. Além de parecer um pequeno botijão de gás glamouroso, e de a metade do que ela fala ser ininteligível devido a um bruxismo adquirido graças a anos de cheiração de cocaína, é só alguém fazer uma piada que ela gargalha como uma hiena no cio. Virei duas vezes meu chá em cima da cama, de susto.

E também tem entrevistas com os atores. Boa parte deles vivos, por incrível que pareça. Inclusive a Cyd Carisse, uma senhora belíssima, com cara de primeira-dama americana. Só é pena que o Jack Buchanan morreu uns anos depois - queria dar um beijo naquela bochechinha maquiada e cheia de rugas. Mas o realmente incrível é ver a Nannette Fabray explicando como o diretor musical mudou toda "Louisiana Hayride" para se adaptar à voz dela; ou quantas injeções de novocaína ela levou no joelho, só para conseguir cantar os "Triplets"; ou como o Fred Astaire treinava horas e horas o mesmo movimento, até chegar à perfeição. E depois tem quem fale que é "só" entertainment.



2 Comments:

Blogger Odorico Leal said...

Preciso correr para a locadora. Quatro quarteirões. Corro lá, e já volto.

Não tem?! Para a outra locadora são oito quarteirões. Corro depois. Mas uma hora eu corro.

Abraço

8:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

What it could be useful for?

10:09 AM  

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